-> Sobre o Curso

Todos nós temos algo a dizer

O que dizemos tem pouca importância quando comparado à forma como dizemos. Argumentar e comunicar é relacionar com o outro por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. Na oratória, como em qualquer outra comunicação, existem recursos bem básicos a praticar:

  • Quem diz?
  • O que?
  • A quem?
  • Por qual meio?
  • Com que efeitos?
  • Com qual finalidade?
  • Qual ponto em comum com o ouvinte para que haja conexão com ele?

“Sem medo não há coragem!”

É sabido que o medo de falar em público é o maior e o mais recorrente entre as pessoas. Então, praticar oratória começa pela vontade e determinação do aluno. Só quando ele decide aprender a administrar a si mesmo na oratória é que influenciará os outros através de sua argumentação. Nossa meta ao falar publicamente é transmitir informações,  motivar pessoas a agir e, também, contar-lhes histórias. O aluno que deseja praticar oratória necessita exercitar a  percepção de si e do outro, ter empatia com seu ouvinte e não apenas informá-lo algo. Não é difícil entender os motivos do receio de falar em público quando consideramos o quanto nossa sociedade expõe as pessoas ao julgamento de outras. Muitos ficam ansiosos ao fazê-lo e não conseguem com isto adquirir a satisfação de testar a  sua argumentação em  público.  Todos nós temos algo a dizer sobre alguma coisa e quando dito com tranquilidade,  adquirimos o prazer de falar, ou seja, de nos expressar.

O teatro como ferramenta

mascara de teatro

O Teatro da Espontaneidade do psicólogo e dramaturgo Jacob Levy Moreno, a Terapia Cognitivo-Comportamental do psiquiatra Aaron Beck e do psicólogo Albert Ellis e a PNL, criada por Richard Bandler e John Grinder são as bases de fundamentação deste curso livre. O teatro tem potencial terapêutico e pode nos ser uma ferramenta  eficaz para regular a ansiedade  e, assim, estaremos a exercitar  a  espontaneidade, o aprimoramento de nossas argumentações e,  muito importante, a conexão com os outros. A espontaneidade  é a capacidade de  a pessoa adaptar-se adequadamente a uma situação nova no aqui-e-agora ou dar novas respostas  a uma situação já vivida. Por sua vez, a espontaneidade é o componente essencial da criatividade. A espontaneidade manifesta-se não só através das palavras, mas também em outras expressões, como a atuação, a interação,  a dança, o canto, etc. Uma expressão depende da outra para que haja harmonia na oratória. Com a prática nos improvisos, o teatro  poderá eficazmente  orientar o participante quanto a comunicação verbal e a não verbal (gestos, posturas, expressões faciais)  e facilitará criativamente uma melhor condução  da inibição, tão recorrente  ao se falar em reuniões online e presenciais, seminários estudantis e palestras. 

Programação neurolingüística (PNL) é uma abordagem que visa aproximar comunicação, desenvolvimento pessoal e psicoterapia, compreendendo as respostas a estímulos externos e a maneira como  expressa uma pessoa verbalmente ou não.  

Terapia  Cognitivo-Comportamental  tem como objetivo principal identificar comportamento, pensamento e hábitos que estão na origem dos problemas, indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas percepções de forma positiva.

Psicodrama  tem a principal finalidade de facilitar o contato da pessoa com suas próprias emoções, utilizando os recursos da dramatização.

Tranquilidade para manter uma conversa

Há outras dificuldades descritas  por alguns participantes e que também são exercitadas no curso: iniciar, estabelecer, manter e finalizar uma conversa; manter o foco e o interesse no assunto; tolerar silêncios; eleger temas numa reunião e saber discorrer sobre o mesmo; mudar o assunto se necessário. Ser eficiente numa argumentação pública dependerá muito da qualidade da nossa disponibilidade, ou seja, do nosso dinamismo, vigor, entusiasmo, impulso e interesse para lidar com o desconhecido e, também, da determinação para ficar bem mental e fisicamente diante das  possíveis surpresas que possam ocorrer durante nossa argumentação… E elas com certeza ocorrerão! Disponibilidade e determinação  fundamentam a espontaneidade,  já os hábitos enraizados pelas  nossas zonas de conforto, pelo contrário, nos neutralizam . A prática e a familiaridade com  as técnicas da oratória aumentam nossa capacidade de brincar e improvisar com ela; enfim, de estar espontâneo nela.

Para fortalecer a  IDENTIDADE  na oratória, o aluno durante as atividades do curso terá chance de  avaliar que:

  • Ele cometerá erros e poderá recorrer ao humor para resolvê-los.
  • Ele é complexo em alguma situação, mas também saberá ser descomplicado em outras.
  • Ele contribui com o problema, porém também poderá encontrar a solução para ele.
  • Ele saberá lidar com a reação contrária à sua argumentação.
  • Ele procurará agradar a si mesmo e não ser presa da avaliação alheia, ainda que a respeite.

Imagens vêm de dentro

por Sue Knight


Seus pensamentos e sentimentos são a origem de sua imagem. O que você pensa e sente influencia seus movimentos, sua expressão facial, sua voz, tudo o que você diz e faz. Esses pensamentos e sentimentos transbordam de cada um dos poros do seu corpo, não se pode escondê-los. As pessoas à sua volta não precisam ser “peritas em imagem gestual” para ler sinais, elas já são; mesmo que seu consciente não perceba esses sinais, seu inconsciente perceberá. Por exemplo:


Sinais da imagem

  • Exatamente para onde você olha quando move os olhos?
  • Que pequenas alterações ocorrem nos músculos de seu rosto e corpo quando fala e se movimenta?
  • Como são as mudanças de cor nas partes expostas de seu rosto e de seu corpo quando você se comunica?
  • Quais são precisamente os modelos que existem na forma como você utiliza a linguagem?
  • Quais as alterações que ocorrem em sua respiração em diferentes situações?
  • Quais os movimentos musculares que estão além da percepção de sua consciência?
    São essas coisas que comunicam a essência de sua imagem, e a única forma de mudá-las, se você assim escolher, é mudar a essência dessa imagem. Essas pequenas mensagens representam a forma como suas emoções e seus atos mais profundos são transmitidos para o mundo livremente.

E o mundo, como um todo, as percebe e reage a elas.

Sua experiência é uma expressão de quem você é.


A primeira pergunta que você deve fazer a si mesmo é: que imagem deseja ter? Quanto mais você souber o que realmente quer e quanto mais se imaginar (se associar) alcançando esse resultado, mais ele se manifestará em sua forma de falar e agir. E então que você começa a distinguir oportunidades. Isso não é coincidência, embora naquele momento possa parecer assim. E resultado dos sinais não-verbais que você envia para o mundo e o mundo responde.

Não se esqueça da interação. Reaja, aja e interaja com o momento.  Interação é a capacidade de relacionar-se com outros de forma a criar um clima de confiança e compreensão; também é a capacidade de enxergar os pontos de vista dos outros (sem necessariamente concordar com eles), estar em sintonia com os outros e valorizar seus sentimentos. É um elemento vital em qualquer forma de relacionamento e comunicação.

Bill era analista de sistemas e liderava uma equipe de analistas. Lidava com muitos outros departamentos na empresa e sempre acompanhava membros das equipes de vendas a reuniões com clientes. Tecnicamente, Bill era altamente capacitado, mas não se sentia à vontade em companhia de outras pessoas. Freqüentara muitos cursos de treinamento sobre técnicas para realização de reuniões eficientes, palestras, e como comunicar-se confiantemente, mas ainda assim não gostava da maioria das situações nas quais deveria conversar com outras pessoas, especialmente quando isso implicava travar conhecimento com pessoas. Bill lidava bem com pessoas que já conhecia há algum tempo, mas considerava os primeiros encontros estressantes.

Resultado: os clientes tendiam a direcionar suas conversas para longe de Bill.

Praticar a interação é essencial para que qualquer comunicação significativa ocorra. Você precisa de interação para conduzir uma conversa produtiva, uma entrevista informativa, uma reunião eficiente. Sem interação, a valiosa comunicação praticamente não ocorrerá.

Interação é uma forma de influência.

A qualidade de interação que você tem influenciará sua comunicação. Normalmente, isso não requer muita atenção consciente. Você sabe quando está interagindo bem; sente-se à vontade em companhia da outra pessoa, a conversa flui e o silêncio de ambos é confortável. O que ocorre é como uma dança: quando um se move, o outro acompanha. É impossível dizer quem está conduzindo e quem está seguindo quando naturalmente se busca a semelhança com o outro. A conversa flui facilmente já que você compreende o significado e a intenção do que a outra pessoa diz. Você aprecia cada sentimento do outro. Não significa necessariamente que concorda com tudo que a outra pessoa está dizendo, mas a compreende.

A interação é um dos elementos mais importantes para uma comunicação eficaz. Com interação, os outros se sentirão à vontade em sua companhia – optarão por estar com você porque será uma experiência satisfatória. Construindo interação, você estará construindo confiança e compreensão.

O alvo

alvo

“Em primeiro lugar vem a dedicação, depois a habilidade”. Leonardo da Vinci

O curso estimula o exercício da criatividade, fazendo com que o participante  reaja, aja e interaja com prontidão, coerência, flexibilidade e alegria, buscando diminuir a rigidez e, assim, representar seus papéis sociais com desenvoltura. O aprendizado no curso é empírico, ou seja, aprende-se com o que é vivenciado e experimentado. O aluno não é passivo no ato de aprender… Ele é quem faz o curso e o professor lhe serve de guia. Durante as aulas, há uma busca de interação entre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos na oratória de cada aluno.  Atingir o alvo desejado dependerá  do interesse do aluno em alcançar melhorias  para si  em pelo menos um destes elementos de interação citados (pensamentos, sentimentos e comportamentos). Muitas vezes ficamos estacionados na zona de conforto… Outras vezes, muitos desejam ser eficientes e especiais na oratória, mas acabam  sendo iguais, sem identidade própria, optando pela omissão. “O feito é melhor do que o perfeito”.  Erre e depois, então, acerte! Descubra-se em sua oratória… A melhor solução é praticar! 

Benefícios do curso

  • Reagir, agir e interagir no momento vivido;
  • Flexibilidade, espontaneidade e humor;
  • Melhoria na tomada de decisões com argumentações mais conscientes;
  • Transformação dos pensamentos, das emoções e comportamentos que atrapalham a tranquilidade ao argumentar publicamente;
  • Redução do estresse e da ansiedade;
  • Exercita-se as inteligências: emocional, social e contextual;
  • Aumento da autoconfiança;
  • Autoestima e fortalecimento pessoal;
  • Promove o autoconhecimento;
  • Crescimento profissional.

Conteúdo Programático

1) Treinos de Atividades Teatrais

  • Jogos variados de improviso (trabalha-se rapidez de raciocínio, observação do outro, emoções, criatividade, intuição, espontaneidade, descontração)
  • Construção de cenas de textos teatrais: comédia e drama ( trabalha-se emoção, o contracenar, observação do outro, propriocepção, etc)
  • O humor, como instrumento de uma boa comunicação
  • Exercício da força do olhar para atingir uma expressão desejada
  • Improviso de um julgamento jurídico (defesa/acusação e juri)

2) Treinos de Oratória

  • Abordagens sobre Técnicas de Memorização
  • Como se comportar numa reunião de trabalho
  • Oratória – Apresentação de um tema (introdução, desenvolvimento e conclusão)
  • Retórica
  • Storytelling
  • Falar sem constrangimento
  • Construir uma imagem confiante
  • Driblar o ‘branco’
  • Dosar cacoetes e vícios
  • Gesticular com naturalidade e obter postura adequada
  • Seduzir ouvinte indiferente
  • Estudo do olhar confiante e cativante
  • Contornar situações inesperadas
  • Responder a perguntas com espontaneidade e segurança
  • Corrigir a linguagem  e ampliar o vocabulário
  • Falar e ler em pé ou sentado
  • Coordenar as ideias de maneira lógica
  • Avaliação de vícios de linguagem
  • Simulação de entrevista (Talk Show);
  • Simulação de apresentação de projeto a um investidor (PITCH);
  • Ações da fala: quando o dizer é fazer
  • Aprender a se ouvir e ao outro
  • Relação com a câmera em apresentações públicas: oratória/cenas teatrais
  • Marketing Pessoal
  • Fortalecimento da auto estima e auto eficácia
  • Exposição de um ponto de vista e conscientização do conflito de interesses.

3) Treinos de Leitura em Público

  • Técnica para Leitura em público (sentado, em pé e com microfone)

4) Treinos de expressão corporal e ritmo

  • Improvisação rítmica
  • Expressão Corporal

5) Treinos de Voz

  • Projeção da voz
  • Volume, ritmo, entonação e intensidade da voz
  • Caixas de ressonância
  • Uso adequado do microfone.

Também:

  • Feedback – Avaliação de desempenho a cada encontro dos pensamentos, emoções e comportamentos recorrentes oriundos do medo e da ansiedade ao falar em público.